É fácil, não é? É só dizer “amo-te”. Às vezes só ao estalo!
Enquanto pianos mordem guitarras e violinos esporram notas sem sentimentos mas eficazes, tu vais dobrando essa boca de porca e enxutas, ridícula, uma lágrima cristal perfeita triste e crocodila.
Chorem-me Levantem-me abracem-me comam-me. Sou vossa. Puta disfarçada. Mas com ar de menina. Linda sou. Como todos querem.
Vê lá se ainda te comem morto por seres tão mordaz oh corno
É fácil, não é? É só dizer “amo-te”. Rebenta essa cara com pus.
Enquanto a tua mão flutua e desliza no vestido criança homem e tua carne ri com fome. Vai gozar a alma doutro. Gritas altiva e com corpo pesado descaído de perna flectida toda tu indefesa destruída.
Levem-me amem-me beijem-me mordam-me. Sou fraca, sou leve. Escrava mal amada. Um doce esquecido perdido. Como o mundo pede.
Vê lá se ainda te fodem a tromba por seres amargo oh filho da puta
O mundo é meu
O mundo é meu
O mundo é meu
E não me canso de comer
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